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FARMÁCIA NÃO PODE VENDER ÓCULOS


14 de setembro de 2009

Nova lei impede compra de óculos de grau sem receita
Entrar numa farmácia e escolher no balcão da loja, sem receita médica, as
lentes que corrigem problemas visuais corriqueiros, como a chamada vista
cansada, por exemplo, agora, será mais difícil

Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), também
baixou resolução - RDC 44/09 - que proíbe o comércio de lentes de grau nas
farmácias, exceto quando não houver no município estabelecimento específico
para esse fim.

Independentemente da questão comercial, o consumidor deve estar atento às
diferenças no tipo de atendimento prestado por um oculista ou optometrista e por um balconista de farmácia.

Os óculos vendidos prontos nas farmácias são contra-indicados por muitas
razões que podem prejudicar a saúde ocular: muitas vezes, as lentes vêm com
irregularidades que distorcem a luz - e podem agravar a presbiopia. Não há
proteção contra raios ultravioleta nas lentes. Os óculos testados revelam
uma variação de cerca de 5% em relação ao grau divulgado. Produzidos em
tamanhos padronizados, os aros dificilmente conseguem deixar o centro
óptico da lente alinhado com os olhos e, finalmente, a maioria, é montada
em armações de plástico - pouco resistentes.

Os problemas visuais mais comuns na população, em geral, são os
vícios de refração, cuja correção pode ser feita com óculos, lentes de
contato. Embora a maioria das pessoas possa usar lentes de contato, existem restrições quanto à idade, motivação, expectativa, além da presença de doenças oculares e sistêmicas. É muito importante salientar que as lentes de contato são corpos estranhos em íntimo contato com a córnea e que precisam ser
adequadamente adaptadas. Seu uso deve ser controlado, pois o usuário está
sempre sujeito as complicações, que vão desde conjuntivite a úlceras de
córnea e até perda da visão.

As determinações da Anvisa reforçam que a adaptação de lentes de
contato exige, além de boa acuidade visual e conforto, a manutenção das condições fisiológicas do olho dentro de limites seguros. Esse controle requer amplo conhecimento de um óptico contatólogo, para selecionar, adaptar e orientar os candidatos quanto ao uso e à manutenção das lentes, além de prevenir e detectar os primeiros sinais de qualquer anormalidade ocular. Somente assim, será possível
diminuir o crescente aparecimento de complicações pelo uso indevido de
lentes de contato, aumentando a confiança de futuros usuários e o número de
beneficiados por este tipo de correção óptica.