Podemos entender a reação do pai de um dos cinco agressores de Sirlei Dias de Carvalho Pinto.
É difícil, para alguém que mora num condomínio fechado cercado de toda a segurança e que esteja acostumado a entender que a lei foi feita para privilegiá-lo, acreditar que o filho tenha sido capaz de algum ilícito.
Na cabeça dele tudo é permitido para o filho. Não é fácil entender o que o pai de um dos cinco agressores chama de "caráter". Segundo o pai de Rubens, um dos cinco, não se pode imaginar o filho preso em meio a "criminosos comuns", pois "ele é um menino de caráter e cursa direito".E Sirlei, é o que? Uma "vagabunda"? Se for esse o conceito de Ludovico que o mundo seja tomado e dominado pelas "vagabundas". Valem mais que qualquer estudante de direito com "caráter”. Ludovico Ramalho Bruno, antes de qualquer consideração disse que "nós, os pais, não temos culpa". Ninguém afirmou que os pais eram os culpados. Auto-absolveu-se. Previamente descartou qualquer chance de sentir-se culpado, pelo menos publicamente.
É óbvio, para morar no condomínio que mora não pode sentir-se um mortal comum, igual à imensa maioria de mortais. Deve e sente-se como alguém acima do bem... e do mal. Não vai entender nunca que o filho vá parar numa cadeia em meio ao que chama de "presos comuns", por ter agredido uma trabalhadora alegando junto ao filho e os outros comparsas "achamos que era uma vagabunda”. Ou seja, "vagabundas" podem ser agredidas, assaltadas, chutadas, tratadas como se não fosse parte do mundo.
A expressão "suburbana" apareceu nas declarações do mesmo pai. Ou seja, Sirlei é uma pessoa do subúrbio, não é alguém da Barra da Tijuca. É do campo adverso, aquele que trabalha para ele e que pode ser chutado a vontade.
Mas que este pai fique tranqüilo, aqui no Brasil tem duas justiças. A dos condomínios fechados, que ajuda o delinqüente a sair da cadeia rapidinho e as dos subúrbios, que pune ou deixa por muito tempo esperando o julgamento aquele que ousou roubar um pote de manteiga para a filha poder comer!!!
É difícil, para alguém que mora num condomínio fechado cercado de toda a segurança e que esteja acostumado a entender que a lei foi feita para privilegiá-lo, acreditar que o filho tenha sido capaz de algum ilícito.
Na cabeça dele tudo é permitido para o filho. Não é fácil entender o que o pai de um dos cinco agressores chama de "caráter". Segundo o pai de Rubens, um dos cinco, não se pode imaginar o filho preso em meio a "criminosos comuns", pois "ele é um menino de caráter e cursa direito".E Sirlei, é o que? Uma "vagabunda"? Se for esse o conceito de Ludovico que o mundo seja tomado e dominado pelas "vagabundas". Valem mais que qualquer estudante de direito com "caráter”. Ludovico Ramalho Bruno, antes de qualquer consideração disse que "nós, os pais, não temos culpa". Ninguém afirmou que os pais eram os culpados. Auto-absolveu-se. Previamente descartou qualquer chance de sentir-se culpado, pelo menos publicamente.
É óbvio, para morar no condomínio que mora não pode sentir-se um mortal comum, igual à imensa maioria de mortais. Deve e sente-se como alguém acima do bem... e do mal. Não vai entender nunca que o filho vá parar numa cadeia em meio ao que chama de "presos comuns", por ter agredido uma trabalhadora alegando junto ao filho e os outros comparsas "achamos que era uma vagabunda”. Ou seja, "vagabundas" podem ser agredidas, assaltadas, chutadas, tratadas como se não fosse parte do mundo.
A expressão "suburbana" apareceu nas declarações do mesmo pai. Ou seja, Sirlei é uma pessoa do subúrbio, não é alguém da Barra da Tijuca. É do campo adverso, aquele que trabalha para ele e que pode ser chutado a vontade.
Mas que este pai fique tranqüilo, aqui no Brasil tem duas justiças. A dos condomínios fechados, que ajuda o delinqüente a sair da cadeia rapidinho e as dos subúrbios, que pune ou deixa por muito tempo esperando o julgamento aquele que ousou roubar um pote de manteiga para a filha poder comer!!!
